Para todos os fãs de animes com
temática um pouco mais adulto (não é hentai seu pervertido!). Recomendo a todos
BLADE – A LAMINA IMORTAL, da qual conheci há pouco tempo (graças a minha girlfriend, que me deu de presente quase
toda coleção em mangá).
Trago até vocês um pequeno
review.
A história:
No Japão feudal, durante a metade
do período Xogunato Tokugawa, 2º ano da era Tenmei (1782),
um ronin chamado Manji é contratado para matar aqueles que negam a
pagar os impostos. Ao perceber que estava matando inocentes, Manji se rebela
contra seu contratante e acaba matando ele e todos os seus 99 guarda-costas.
Bastante ferido, Manji recebe os cuidados de uma monje (mulher), que ao lhe dar
o "chá de vermes" acaba lhe concedendo também a imortalidade.
Sentindo-se culpado e não podendo morrer, Manji propõe a monja que, se ele
matar 1000 criminosos poderia se livrar da imortalidade. Do outro lado de Edo (Antiga
Tóquio), estava uma jovem chamada Rin, que, ao ter seus pais assassinados por
um dojo rival, vaga pela cidade atrás de um mercenário que possa
vingá-los, e acaba conhecendo Manji.
Análise:
O HQ (mangá) segue um gênero
intitulado Gekiga ou Seinen (breve irei falar sobre esses gêneros
aqui no blog), da qual é voltada para o público masculino na faixa etária dos
20 aos 40 anos. Esse gênero costuma abordar temáticas com características maduras,
focando na violência, tramas psicológicos e busca de vingança, além de outros
temas mais pesados do que os abordados nos animes mais populares aqui no Brasil
(os famosos Shōnen).
A história do mangá é bem equilibrada
entre o humor e o drama, sabendo proporcionar nos momentos certos situações
mais descontraídas, e em outras, mais dramáticas e sérias. Parte desse
equilíbrio é proporcionado por conta dos personagens bem construídos e
encaixados na historia, onde cada um possui características próprias e com
certa dose de rebeldia e sarcasmo, levando a atitudes nada convencionais para
samurais da época (como ignorar as regras samurais, falar gírias modernas e até
mesmo xingar com palavrões).
Outro ponto forte do HQ são as magníficas
ilustrações de Hiroaki Samura. Que alternam entre o lápis e o nanquim,
transmitindo maior realismo aos personagens por meio de seu nível
impressionante de detalhes.
Aqui no Brasil o HQ foi lançado
em 2004 pela famosa Conrad Editora, em um formato diferente do lançado no
Japão. No entanto a edição nacional possui uma ótima impressão e acabamento, e
também traz aos leitores curiosidades sobre o mangá e seu autor/criador, além
de pôsteres em algumas edições.
O mangá também ganhou uma
animação em 2008, da qual é mal criticado pelos fãs (mas isso é assunto para
outro post).
Finalizando...
É um excelente mangá da qual que
vale a pena acompanhar (mesmo que ele esteja em pausa aqui no Brasil),
simplesmente pelo fato de Hiroaki Samura ser um grande autor e um mangaká
melhor ainda.
Samura traz nessa obra, assim
como em seus outros projetos, uma visão dura e cruel da vida, mas com certo
humor peculiar, onde sempre deixa o leitor fixado na historia até o seu
desfecho. Além dos fatos e curiosidades históricas descritas durante o enredo.
Como o significado da suástica, o cotidiano do povo japonês na época e os fatos
obscuros do Japão feudal.
Se puder ler, não perca tempo e
entre logo nessa jornada.
Curiosidades:
-Alguns nomes dos personagens são
baseados em bandas de rock como Kuroi Sabato (Black Sabbath em japonês) e Jony Uofutsu (nome baseado em Johnny Rotten ,
vocalista do Sex Pistols).
-Samura é um daqueles autores de
mangá que nunca aparecem em fotos - avesso ao estrelato, ele recusa-se a ser
fotografado ou aparecer em público. Já que ele acredita que sua obra tem que
ser reconhecida por sua qualidade e não por quem a faz.
Quem quiser pode adquirir os scans
pelo site do Actions
& Comics.
Valeu pessoal, que a força esteja
com vocês!
by Crustie
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